domingo, 30 de março de 2008

JOGANDO VIDA DOS SONHOS

Vou afrouxar o cadarço dos meus tênis e descubro que há um nó impossível de ser desfeito no meu pé esquerdo. Moral da história: EU TENHO UM PÉ ESQUERDO.

Conversando com o Rodrigo entre garfadas numa pizza de rúcula e goles de guaraná, decidimos jogar Vidas dos Sonhos. A coisa é fácil. Consiste em pegar alguém que conhecemos e imaginar o que essa pessoa deve estar fazendo naquele exato instante. Palavras como cinema, Lester Bangs e sexo são as que mais aparecem. Hoje, por exemplo, foi a vez do Ricardo. O namorado da Lívia. Quer dizer, a própria Lívia tem uma vida bacana: um apartamento simpático a três quadras da avenida Paulista, grana pra comprar a Found, a Zupi e a Simples, além de sexo limpo com o cara que ama. Mas, o Ricardo: Gang of Four no Vancouver Commodore, (quando ainda nem se falava dos caras virem pro Brasil), três semanas no Thistle Marble Arch em Londres, tardes no Rijksmuseum de Amsterdã e sexo limpo com uma garota que o ama.

Vista pela ótica de Vidas dos Sonhos minha vida estaria entre os quatrocentos últimos nomes dos créditos finais de uma comédia albanesa sobre um padeiro gago durante o regime comunista. Mas, sempre existe um mas. O meu, não tem mais que um metro e vinte e cinco, quinze quilos e poucos e pequenos dentes. Está no alto da escada e sorri deliciosamente como quem diz: Bem, ai está você papai, e que bom que você veio. Pode ser só um palpite. Como quando apertamos os olhos contra o céu tentando estabelecer a probabilidade de chuva. Mas olhando aquelas bochechas enormes se distendendo num sorriso luminoso, não como pensar o contrário. O meu pequeno grande evento do dia: Rafaella.

Sim, eu estou babando. E meus posts têm desculpas sempre repetitivas pra falta de criatividade. Mas enfim, é de vida que eu falo. A minha vida. Que pode não ter garrafas de Perrier na geladeira, mas tem crianças com bocas e mãos sujas de chocolate prontas pra receber todo o meu amor sem impor qualquer condição. Enquanto for assim, não espere mesmo outra coisa de mim.


ao som de Guilt Is a Useless Emotion do NEW ORDER

5 comentários:

Unknown disse...

Criancinhas são foda, a gente olha cara de bestinhas delas rindo num sei do que e sem mais nem menos e ficamos nos achado uns perfeitos idiotas de ficarmos tão aborrecidos com qualquer merda.

Tenho um sobrinho de 11 meses e uma sobrinha de 4 anos, perto deles num tem como manter a tristeza.

Guilherme SanPer disse...

legal seu blog, bem interessante
parabens

c kiser pasa nu meu
http://ehtudoloco.blogspot.com/

Pauliane MS disse...

shshshsh

as vezes eu também tenho essses surtos de falta de criatividade...

Deleite Crônico disse...

odeio crianças.

Anônimo disse...

...pra que querer esperar?

sua vida é doce...adoro doces!

belo blog